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Entendendo mais sobre Convulsões com Dra. Thaís da Silva

  • r2ponto
  • 10 de mai. de 2023
  • 3 min de leitura

A convulsão ocorre com a contratura muscular de forma involuntária em parte do corpo ou em todo corpo, acarretando o aumento da atividade elétrica cerebral. As convulsões podem ser parciais quando apenas parte do hemisfério é acometido pelas descargas elétricas cerebrais, ou total, quando os dois hemisférios cerebrais são acometidos. Para nos trazer mais esclarecimentos sobre convulsão, conversamos com a Radiologista e Neurorradiologia Dra. Thaís da Silva Santana.


Viva mais viva melhor – Doutora, primeiramente, conta para a gente o que é a convulsão e quais as causas?

Dra. Thaís da Silva Santana – A convulsão é um distúrbio elétrico, que ocorre de maneira repentina e descontrolada, desencadeia reações físicas e até emocionais no paciente a depender da região do cérebro que é acometido, ela geralmente tem um fator desencadeante, determinante desse quadro e ela pode ser única, e a pessoa pode não ter mais durante a sua vida.


Viva mais viva melhor – Quais são os tipos de convulsões?

Dra. Thaís da Silva Santana – Pode ser: Parcial ou focal, onde uma área do cérebro pode ser acometida Parcial complexa: que é associado a uma perda de consciência Generalizada: mais de uma região do cérebro acometida. Alguns subgrupos onde os mais frequentes seriam o Pequeno mal: caracterizado por crise de ausência, onde a pessoa não responde a estímulos, fica meio aérea. Grande mal: Tônico clonica, generalizada , onde a pessoa tem reações físicas de contração, de flexão.


Viva mais viva melhor – Existe diferença entre epilepsia e convulsão?

Dra. Thaís da Silva Santana – Sim, epilepsia é um transtorno neurológico, onde o paciente tem crises convulsivas recorrentes sem uma pronta identificação causal, diferente da convulsão que normalmente se sabe o fator que está causando a crise.


Viva mais viva melhor – Quais os riscos durante uma crise convulsiva?

Dra. Thaís da Silva Santana – Pode sofrer acidentes durante a crise convulsiva, tanto trabalhando como na diversão, o acidente pode ser causado por algum objeto perfurante, pode se afogar, ser atropelado. Depende muito do local onde ocorra a crise.


Viva mais viva melhor – Qual a conduta mais adequada para ajudar uma pessoa que está convulsionando e o que deve ser feito após a crise convulsiva, é preciso levar o indivíduo para emergência?

Dra. Thaís da Silva Santana – Primeiramente tentar proteger a pessoa, colocando em lugar seguro e confortável apoiando a cabeça. Não é necessário dar nada para a pessoa beber, cheirar ou segurar a língua, se a crise durar mais de 5 minutos ou não recuperar a consciência completa, deve-se levar para emergência, chamar a SAMU.


Viva mais viva melhor – Durante uma crise convulsiva o indivíduo pode falecer?

Dra. Thaís da Silva Santana – Sim, várias causas biológicas e patologias podem causar uma crise convulsiva antes de o paciente falecer.


Viva mais viva melhor – O indivíduo pode dormir depois de uma crise convulsiva?

Dra. Thaís da Silva Santana – Geralmente as crises são rápidas, se o paciente evoluir bem, reagir bem ele pode descansar, porque a pós a crise normalmente apresenta dor de cabeça e sonolência.


Viva mais viva melhor – Como é feito o diagnóstico da convulsão, quais exames são realizados?

Dra. Thaís da Silva Santana – Vai ser feito uma anamnese detalhada, para ver todo histórico, como aconteceu essa crise, parar identificar o fator causal, serão feitos exames físico e neurológico detalhados, exames laboratoriais, análise morfológica e funcional através dos exames de imagens e eletroencefalograma.


Viva mais viva melhor – A ressonância magnética é o exame de imagem mais adequado para avaliar o cérebro e qual tempo de duração do exame?

Dra. Thaís da Silva Santana – É um excelente exame para se ver a anatomia, a morfologia do cérebro ou outra lesão mais minuciosa. Dura 30 a 40 minutos. É um excelente método com o protocolo adequado para epilepsia.


Viva mais viva melhor – O que pode ser feito evitar a crise convulsiva?

Dra. Thaís da Silva Santana – Depende do fator causal, o paciente deve tratar a causa o que leva a ter a crise. Se for por conta da glicemia, vai controlar a glicemia, se é alteração hormonal ou febre, trata-se isso também. Alguns pacientes merecem atenção especial e merecem usar tratamentos farmacológicos para convulsão, que são os que têm crises convulsivas tardia, após uma semana de um TCE ou AVC ou alteração no eletroencefalograma ou ressonância.

 
 
 

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